quarta-feira, 1 de julho de 2009

Desculpem-me pelo hiato dessas semanas, mas confesso: eu pequei.
Eu estava com um carro emprestado e acabei mudando de perspectiva de pedestre a ex-pedestre.
Além de ter passado por doença na família. A dengue pegou minha esposa.
Quem deve ser culpado por essa calamidade na saúde pública? Se não são os "porquinhos" são os "mosquitinhos" que estão fazendo com que a população fique doente. A culpa é do povo que não tira os focos de água parada das próprias casas, ou do governo que ainda não começou a multar os donos de casas e empresas que alimentam as larvas? O que eu sei é que a culpa não é minha. Na minha casa não tem pratinho nas poucas plantas, não tem pneu, nem garrafas com boca para cima e qualquer mosquito é exterminado com precisão militar.
Por outro lado, na Av. Lindemberg há poças enormes, culpa das obras infindáveis. Se olharmos a vista de qualquer prédio em Jardim da Penha, há focos em cima dos pontos de ônibus, guaritas, garagens, calhas entupidas e até mesmo piscinas sem manutenção.
A febre amarela foi erradicada no início do século passado sem o uso de inseticidas (não existiam como conhecemos, na época), somente com o trabalho dos "mata mosquitos" perfurando tudo que podia conter água parada. A ação de pesquisadores como Oswaldo Cruz, Emílio Ribas e Adolfo Lutz foi preponderante para essa erradicação. Eles descobriram o papel da limpeza pública e ações sanitárias básicas. Ah, e para quem não sabe, o vetor da febre amarela é o mesmo da dengue: o Aedes aegypti! Será que tudo foi esquecido ou existe uma "indústria da dengue" a exemplo da indústria da seca no nordeste?
Bem, vamos falar de coisas boas: música!
As melhores do The Outfield, foi a trilha da semana.
Um clássico para quem é fã do rock dos anos 80. Vale por Voices of Babylon, Your Love, Say it Isn't so, My Paradise e Since You've Been Gone.
Com certeza é bem melhor do que o som de um mosquito zumbindo no ouvido...
Ok, vejo vocês na próxima.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Elucubrações à respeito das faixas de pedestres

Nesse país existem as leis que pegam e as que não...

Existem mil exemplos, mas a mais atual e que mais me incomodam como "novo-pedestre" é como funcionam as faixas.

Devemos levantar o braço ou não?

As faixas só funcionam em Jardim da Penha ou em todo o estado?

Como pedestre eu atravesso bem devagar ou aperto o passo?

Devo agradecer pela parada do motorista com um sorriso ou um sinal de positivo?

O motorista que não parar será multado? Se for, por quem, já que não há fiscais de trânsito após as 19h nas ruas? Final de semana então, nem pensar!

Os fiscais de trânsito tem necessariamente que estar em grupos de 4 ou 5 embaixo dos sinais de trânsito conversando de costas para a rua? Passe em frente ao Clube dos Oficiais em Camburí, você vai entender do que estou falando.

O que me faz mudar o assunto desse Blog é essa loucura de tráfego que nós temos. Meus amigos estrangeiros não entendem como conseguimos dirigir sem batermos uns nos outros e ainda não passar por cima de todo e qualquer pedestre que apareça.

A velocidade média dos carros nas vias é elevadíssima, os pedestres por sua vez abusam do direito de atravessar a rua, e acham que mesmo sem a faixa tem a preferência. Na frente da UFES há dois pontos de ônibus, um de frente ao outro, distantes do semáforo e faixa menos de 20 metros. É impressionante como os acadêmicos da "federal" que só atravessam na faixa dentro da faculdade com aquela cara de "você-tem-que-parar-porque-eu-sou-universitário", atravessarem correndo uma avenida de 6 pistas no meio dos carros, ônibus e motoboys.

Sim, estou sem paciência com a reclamação de todos os lados: pedestres atropelados fora da faixa, motoristas que param em cima dela, motoboys acidentados... Vi hoje no jornal local que no outro semáforo na frente da UFES não há sinal para pedestres. Me pergunto: Para que???

Mas falando de coisa boa: O som de hoje!!!

Um aluno-amigo me passou um arquivo de Axé das antigas, da época de Beto Barbosa, Kaoma, e Luis Caldas... é um retorno aos primórdios desse tipo de música, quando ainda era chamado de "Samba-Reggae".

Se tiver a oportinidade, baixe "Adocica", "Haja Amor" e "Nega do Cabelo Duro". É divertido, nada demais, não é erudito e também nada que eu ouça todos os dias. É algo que para ouvir andando com aquele sorriso no rosto de quem está fazendo coisa errada! hahaha

terça-feira, 2 de junho de 2009

Centro de Vitória

No fim de semana fui ao centro para ver a exposição do Andy Warhol. Andy era um experimentador, queria arrancar arte de qualquer coisa, qualquer coisa mesmo. Dá uma passada lá, leve as crianças, eu adorei. A "cidade" como chamavam os antigos, está bem "andável", mas ainda sem as calçadas cidadãs dos bairros nobres, nem os prédios oficiais as tem, o que para mim é muito estranho... Enfim, Brasil.
Muitas obras acontecendo e o prédio da Strauss que pegou fogo ainda está com a fachada escorada e com uma aparência assustadora de que vai desmoronar a qualquer momento. Por outro lado é bom ver que os edifícios antigos estão sendo reformados deixando a região da Pç. Costa Pereira com um ar de cidade antiga. Uma ressalva: alguns prédios estão com umas cores beirando o brega. Vamos tomar cuidado galera!
Eu fui escutando o CD "Legend" de Bob Marley.
Tudo que se toca de "reggae roots" está nesse disco. É uma aula.
As clássicas "Buffalo Soldiers" e " Is This Love" juntam a sucessos que foram repaginadas por outros artistas, como "Woman don't Cry", " Get up Stand up" e " Three Little Birds" essa última foi colocada no CD do Gil por pedido do amigo Guga Kuerten (você sabia ???).
"Redemption Song" é uma daquelas que dá vontade de mandar uma ganja para dentro. "Exodus" e "Jammin" encerram essa obra prima com chave de ouro... baixa e escuta, eu recomendo!
Jah man!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ok, ok, ok... a pedidos estou atualizando "como deveria".
Região de hoje: Bairro Horto e adjacências em Vitória. Para quem não conhece, é ali na região da Av. Vitória, onde tem a loja da D&D, se localizou??
Um dos meus carros está numa oficina ali perto para ser restaurado (isso mesmo, restaurado, tipo lata velha mesmo). É uma região que antigamente, bem antigamente era residencial, mas hoje tem todo tipo de comércio, principalnemte automotivo. Se você quiser comprar desde peças pequenas, rodas, pneus e reformas completas, até um carro completo novo ou usado, lá tem. Tem uma escola de enfermagem lá também, onde minha mãe já teve uma confecção de roupas femininas, na época do famigerado Plano Collor (lógico que fechou depois disso).
O lugar é bem interessante para o pedestre em geral, sem maiores problemas. As calçadas cidadãs ainda não chegarm lá, mas no todo, um cadeirante, por exemplo (quanta vírgula!), consegue se virar bem por lá. Notem que eu não estou dizendo que está perfeito, mas não está de todo ruim. Problema maior é para os carecas (meu caso), as árvores não existem em grande número por lá. Ontem eu fui ver o andamento da reforma do Kadett e confesso que se eu não estivesse com meu indefectível bonézinho eu tinha passado um aperto.
Som de Hoje: Bloc Party
Essa banda foi a "queridinha" dos últimos dois anos na Inglaterra. Aos desavisados vai parecer que Robert Smith do The Cure rejuveneceu. O que eu quero dizer é: a banda é claramente filhote do Cure, mas há também clara influência do Joy Division e quem sabe Sonic Youth.
O "debut CD" - Silent Alarm foi inclusive premiado no PLUG Awards - que premia o Indie Rock.
Apesar das influências, o som é leve e bem para cima. Em "Banquet" se tem uma ideia de onde o som veio. Aos bateristas e esposas de bateristas de plantão: Matt Tong parece estar ligado na tomada, é bem interessante de ouvir. O vocal de Kele Okereke é bem "pós punk" pra quem gosta de um rótulo. "Blue Light" é uma balada bem legal para se ouvir caminhando. "This Modern Life" parece estar sendo ouvida de um rádio à válvulas. "The Pioneers" tem aquela pegada anos 80 meio opressiva. É um disco que vale a pena ser colocado no seu player.
Atualizado, só aguardando os comentários!

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Ih, choveu...
assim não dá!!! ônibus o dia todo, ninguém merece...aff...
muita poça pelo caminho, e nada a declarar....
Mesmo assim escutei muita música.
Jorge Benjor (gostava mais quando ele era Ben).
Tudo começou quando Andressa acordou meio jururu e falei para ela procurar "Jorge da Capadócia" no ipod. Ela saiu de casa "vestida com as roupas e armas de Jorge". É uma parte da oração de S. Jorge, bem legal...O santo guerreiro manda bem mesmo.
Minha tia Jol disse que não gosta do Jorge (o Benjor) porque ele sempre canta as mesmas músicas. Tenho que concordar com a opinião dela: ele está há décadas cantando as mesmas coisas, mas tenho uma ressalva! Acho que ninguém faz versões de si próprio que nem ele!
Quantas vezes você ouvou "Fio Maravilha" e "Chove Chuva" de jeitos diferentes? Ele transforma baladas em Samba -Rock e Samba- Rock em Samba-Canção... vai lá, o cara é bom ..
As letras não são das mais elaboradas: "Os Alquimistas estão chegando/ Estão chegando os Alquimistas", ou "Spyro Gyro é o Spiro Gira" (pronúncia em português e depois em inglês). A não ser quando ele resolve contar histórias, tipo em "Chica da Silva", ou "Taj Mahal", se não prestar atenção, você perde o fio da meada mesmo!
O balanço é inconfundível, são músicas para dançar mesmo, estilo Tim Maia: "O síndico" de "W-Brasil".
Já que "Lá fora está chovendo, mas assim mesmo vou correndo só pra ver o meu amor..."
Só que a minha nega não se chama Tereza.... feliz do Elvécio, baiano arretado, do sexo mascolino, mas essa é outra história.
fico por aqui...
stay dry folks!

terça-feira, 19 de maio de 2009

Ok, em homenagem à única pessoa que lê esse blog, hoje é dia de Bento Ferreira!
Essa é pra você Adri!!!
O final de semana passado aqui em Vitória foi de shows: Capital Inicial, Paula Toller e alguns sertanejos apareceram por essas terras. Eu escolhi o primeiro. Foi no "Gigante do Álvares Cabral", casa cheia e Dinho muito louco...
Como o trânsito da chegada estava totalmente congestionado, pedi ao meu fiel escudeiro desses tempos sem carro, Fernando (carro novinho e ar condicionado no máximo, ponto do Hotel Pasargada: 3200-4025) para me deixar meio longe da bagunça toda. Restaram 4 quadras para caminhar. Tudo ok, sem maiores percalços. O mais incrível foi que Andressa não tropeçou nenhuma vez... Calçadas perfeitas? Vou acreditar que sim.
Não poderia ser outra banda a ser comentada aqui: Capital Inicial ao vivo. E não é no ipod! O ginásio estava lotado e meus ouvidos estão zunindo até agora. Baladinhas para começar, rock do bom no meio do show, valeu até pelos bonecos infláveis de um robô, da Natasha (que teve versão de voz e violão) e no bis de um polvo. O show foi o mesmo apresentado em BSB com músicas dos Raimundos, Green Day, Aborto Elétrico, Legião Urbana... Os sucessos da década de 80 e os de hoje se misturaram sem que se pudesse identificar quando foram compostas.
Meus Erros foi emocionante... o bis terminou com Veraneio Vascaína, achei que a tampa do ginásio ia explodir!!!valeu a pena... vou até comprar o DVD
Ah, by the way...Adri tava gripada e não foi.... perdeu playboy!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Olá!
Itapoã e Itaparica valem a pena! Somente se utilizarem o calçadão. As outras calçadas dos bairros são bem irregulares, sinto pena dos cidadãos especiais e dos acima de 60 anos. Muitos altos e baixos, e as vezes simplesmente sem calçada, principalmente na frente dos lotes vagos e prédios em construção.
Na orla, porém, a coisa é de primeiro mundo, apesar de ter ficado estreito, o calçadão está bem liso, podendo ser utilizado por skatistas e patinadores. A ciclovia está bem melhor do que a continuação da Praia da Costa que é bem ondulada. Porém nem tudo está ruim ... Esses 3 bairros citados estão muito bem arborizados, diferente do centro que foi sumariamente desmatado pelo nosso ex-prefeito Max Filho-da-mãe, com isso acaba por se olhar mais o visual e tropeçar nas rampas de garagem que aparecem pelo caminho. Ah! o comércio da região é bem interessante: salões para as mulheres há de monte. Lojas de roupas e sapatos e tem até lojas de arte, com as telas de D. Arleti, vale a pena uma olhada.
O som de hoje é mais uma visita a um clássico: The very best of Van Halen.
Uma aula de guitarra e de rock'n'roll. Mr Eddie Van Halen fazendo o que mais sabe: mostrar como se toca um frankenstein de corpo e captadores. O Alex também sabe tudo na batera. Em "Hot for teacher" os dois tocam como se não precisassem de mais ninguém na banda. É claro que tem as de sempre, como "Jump" e "I'll wait". Com certeza a banda fica bem melhor com o David Lee Roth no vocal, além da voz, a irreverência faz diferença...
Até a próxima
Walk Forest, walk!!!